quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tenha Prazer em Fazer a Vontade de Deus






Tenho grande alegria em fazer a tua vontade,ó meu Deus;
a tua lei está no fundo do meu coração. (Salmos 40:8)

Se quisermos ouvir a voz de Deus e obedecer à Sua vontade,creio que a nossa oração todas as manhãs deveria ser algo assim:

"Deus quero andar na Sua perfeita vontade durante toda a minha vida.Não quero a Sua vontade permissiva;não quero fazer nada sem a Sua aprovação e benção.Se eu tentar fazer alguma coisa que não seja o Seu melhor para mim,por favor,deixe-me sentir hesitação em meu coração,um freio em meu espírito,para que eu continue no caminho do Seu plano.

Ajude-me a me submeter-me ao Senhor.
Ajude-me a não ser cabeça dura.
Ajude-me a não ser teimoso.
Ajude-me a não ter o coração duro.



Deus,quero que a Sua vontade opere plenamente em minha vida.Já experimentei o fruto da minha própria vontade por tempo suficiente para saber que se eu fizer as coisas do meu jeito,e não for isso o que o Senhor quer,acabarei tendo um mau resultado.Estou disposto a lhe obedecer,masmpor favor,ajude-me a ouvir claramente o que o Senhor está me dizendo para fazer.Amém".

Sussurre para Deus,várias vezes por dia: "Seja feita a Sua vontade".

sábado, 29 de outubro de 2011

Como saber quem eu sou?

Acho que estou vivendo para agradar outras pessoas. Nem sei mais o que é bom para mim. Casar e ter filhos é o que a minha mãe quer, mas será que essa vontade é dela ou minha? Realmente, não sei mais qual é minha vontade. Quem sou eu?
O desabafo acima é um questionamento muito comum entre as pessoas. Estamos sempre dispostos a agradar e corresponder aquilo que esperam de nós, pois foi assim que aprendemos desde muito pequenos: a obedecer! E quando começamos a pensar com nossa própria cabeça e questionar se o caminho que estamos trilhando é mesmo aquele que queremos, o conflito se torna inevitável. As perguntas quem sou eu?, o que eu quero?, estou feliz? insistem em martelar em nossa cabeça e uma vez iniciado o questionamento é como se ele tivesse vida própria, não para mais. Como encontrar tais respostas? Como nos libertar da busca de reconhecimento, aprovação, da necessidade de agradar, deixar de ser tão suscetível a críticas e opinião das outras pessoas? Não é fácil libertar-se de tantas correntes que nos aprisionam. Sim, ficamos presos a essas necessidades que mal conseguimos viver, como se estivéssemos verdadeiramente acorrentados.

Para evitar esse conflito, durante algum tempo até conseguimos nos distrair com outros interesses, seja trabalhando em excesso para não sobrar tempo para pensar; seja cuidando da vida dos outros, ajudando, aceitando ou criticando-os, seja adoecendo como forma de chamar atenção, seja nos sobrecarregando com infinitas atividades, enfim, tudo isso pode inicialmente nos beneficiar à medida que proporciona a oportunidade de nos esconder de nós mesmos. Sofremos muito com as perdas durante a vida, mas não percebemos o quanto perdemos a nós mesmos cada vez que olhamos para o lado para não olhar para dentro de nós.

Você já reparou que quando estamos frente a uma multidão, conseguimos ver a todos, mas não vemos a nós mesmos? Percebe a diferença? Sempre estamos vendo os outros, o que interfere de forma profunda e simbólica quando precisamos ter o conhecimento de nossos próprios sentimentos. Sempre é mais fácil olhar o outro, perceber qual o melhor caminho para ele, do que olhar para dentro de nós e definir o próprio caminho.

Para conseguir as respostas das perguntas acima é preciso saber o que nos afastou de nós mesmos. Tudo começa de maneira muito sutil quando ainda somos muito pequeninos. Quando nascemos somos genuínos, iluminados, mas com o transcorrer do tempo começamos a nos apagar... ou somos apagados diante das cobranças, superproteção, vergonha, humilhação, rejeição, abandono, regras, etc, e inconscientemente, vamos nos distanciando de quem somos em essência, de nosso verdadeiro eu- o self. Com a intenção de sermos aceitos, criamos o que chamamos de máscaras, que são defesas que nosso inconsciente cria com o intuito de evitar a dor dos sentimentos que nos fazem sentir. O raciocínio do inconsciente seria o seguinte: Se sou tão criticado, se não faço nada certo, serei diferente para quem conseguir ser aceito e amado . Crescemos acreditando que não somos suficientemente bons para sermos amados pelo que somos, assim procuramos desesperadamente criar uma imagem de como deveríamos ser. Começamos a criar um falso eu como proteção e reprimimos cada vez mais nosso eu verdadeiro. Isso vai se cristalizando aos poucos, até que quando começamos a nos sentir insatisfeitos, infelizes, em conflito, ou quando algo acontece como uma perda significativa pela separação, morte, doença, e nos faz refletir como está nossa vida, é que começamos a questionar o que está acontecendo. E parece que quanto mais pensamos mais perdidos nos sentimos, é como se não soubéssemos mais quem somos, como o desabafo do início deste artigo.

Muitos se desesperam, ficam deprimidos, pois não conseguem identificar o que está acontecendo. A distância de si mesmo é tão profunda que não conseguimos mais ouvir nossa própria voz, nossos desejos e sonhos, é como se tudo tivesse se perdido. Mas, na verdade, tudo ainda está dentro de nós, só precisamos saber como encontrar a parte perdida.

Para alcançar o verdadeiro eu é preciso identificar quais são suas máscaras. Você sabe? Não é um processo simples, afinal, foram tantos anos acreditando ser de um jeito, como agora alguém lhe diz que essa pessoa não é você? É preciso fazer o caminho de volta, buscar o seu eu verdadeiro, sua essência. Em que momento da vida você se perdeu de si mesmo? Muitas vezes nem lembramos. Você pode começar identificando aquilo que neste momento está lhe incomodando, atrapalhando ou lhe trazendo conflitos.
As máscaras que desenvolvemos podem ser muitas. Por exemplo, a superioridade, arrogância, o poder, orgulho, a necessidade de agradar, o ser bonzinho em excesso, alegre em excesso, rindo de tudo e de todos, podem ser máscaras que ocultam profundos sentimentos de danos emocionais e conseqüente falta de valor a si mesmo, mas que um dia foram criadas para protegê-lo da dor. Geralmente aquilo que nos traz conflitos são nossas necessidades não supridas desde muito pequenos e que só agora começamos a ter consciência.

O casamento está mal, não recebe atenção como gostaria? Será que essa atenção que espera já não vem lá de criança? Por mais que o outro lhe dê atenção dificilmente conseguirá suprir a necessidade somada por anos. O que isso tem a ver com máscara? Provavelmente, quando criança já sentia a necessidade de atenção, mas como forma de se defender ou seja, para obter a atenção não recebida, passou a fazer de tudo pelo outro, agradando sempre e incondicionalmente, com o pensamento inconsciente de ser valorizado e assim receber atenção tão desejada. Cresceu dentro deste padrão e no casamento deve ter agido da mesma maneira, sempre agradando, se sobrecarregando, mas com o passar dos anos a necessidade vai sendo potencializada, até chegar num ponto em que seu corpo e/ou sua mente não agüentam mais, mas ao mesmo tempo, não consegue identificar todo esse processo, pois não há esse conhecimento e o conflito se instala. Quando isso acontece é hora de parar tudo e refletir no que está acontecendo, quando tudo começou, e em geral, começa lá no passado, na forma como fomos cuidados, educados, reprimidos, exigidos, cobrados. Quando começamos a nos moldar ao que esperavam de nós e desta forma começa o processo de distância de quem somos. O caminho de volta é longo, mas valioso.

Como voltar à nossa essência, a quem somos verdadeiramente? Como acreditar que essa pessoa, que convivo por anos, ou seja, eu mesmo, na realidade pouco tem a ver com quem penso ser? Não é simples descobrir quem somos. É um processo que pode levar anos, talvez uma vida inteira, pois sempre estamos mudando, evoluindo, e que bom!

Podemos começar reconhecendo e aceitando as emoções e sentimentos negativos que há dentro de nós, para só depois mudar o que nos faz sofrer. Um caminho muitas vezes árduo, que exige paciência, persistência e, acima de tudo, muita compreensão para conosco. O sofrimento está aí, latejante, presente, vivo, que nos faz querer sair correndo a cada novo problema que surge. O desânimo e desespero se fazem presentes. Mas fugir, reprimir, negar, só faz tudo ficar mais profundo e intenso dentro de nós.
Comece se perguntando quais são os sentimentos que têm sentido nos últimos meses ou anos. Quais são eles? Escreva um por um. Esse passo é importante para que consiga identificá-los. Essa confrontação honesta com o que sente e lhe faz sofrer pode ser o começo de sua libertação desses mesmos sentimentos.

É preciso entender que muitas vezes o conflito que parece advir do externo, na verdade, é apenas o reflexo daquilo que está bem dentro de nós, mas como está bem escondido há anos, sentimos dificuldade em identificá-lo. E assim, muitos de nós continuamos a nos enganar e a sofrer.
Tudo aquilo que sentimos pode ser transformado quando o reconhecemos sem medos ou fugas.

O passo mais importante é esse: aprender a identificar cada sentimento, faça isso todos os dias. Depois exercite identificar a causa, que também não é simples, requer acima de tudo, persistência. Pergunte-se: o que estou sentindo? Depois de ouvir a resposta, pergunte: o que me faz sentir isso? E ouça a resposta. Isso o levará cada vez mais perto da pessoa que você é.

Culpar os outros, seja este quem for, por aquilo que tem passado ou sentido, nada contribuirá para mudar, por isso é preciso se responsabilizar pela própria mudança, sem esperar que outras pessoas mudem, isso é responsabilidade de cada um, e ninguém pode fazer isso pelo outro. A sua mudança depende exclusivamente de você; a mudança do outro, depende dele. Sim, em alguns momentos temos que aprender a lidar com a sensação de impotência, decepção e frustração que a vida nos coloca. Nem tudo é perfeito, mas se olharmos tudo como aprendizado, teremos outra percepção dos acontecimentos e em conseqüência, menos sofrimento.
Comece a perceber quais situações estão lhe deixando insatisfeito, desesperado, doente. O enfrentamento desses problemas lhe proporcionará uma maior percepção de sua própria capacidade de superá-los.

O autoconhecimento não o faz isento de sentimentos negativos ou sofrimento, mas pode fazer com que lide de uma maneira muito mais saudável com os mesmos. Conforme se conhecer mais e mais, não deixará de ficar triste, chorar, mas quando isso acontecer não lhe provocará mais desespero como provavelmente acontece, haverá muito mais controle e entendimento das possíveis causas, pois estará aprendendo a identificá-las.
É preciso lembrar ainda, que por mais que as pessoas desejem muito ser feliz, a maioria sente dificuldade em se permitir, como se não se sentissem merecedoras e, inconscientemente, acabam por se boicotar em mudar o que é preciso, permanecendo no mesmo padrão durante anos, ainda que à custa de muito sofrimento e dor.

Nunca abandone o desejo de ser feliz, mas para isso é preciso se permitir, sem carregar a sensação de estar fazendo algo errado. Busque sua própria evolução, pois cada um de nós, e ninguém mais, é responsável pelo próprio crescimento.
Evite a todo custo permanecer rígido em crenças, valores, que um dia lhe foram ensinados e vivenciados como se fossem seus, pois na maior parte das vezes eles não lhes pertencem. Quanto mais conseguir identificar o que aprendeu e descartar, libertar ou mudar aquilo que não lhe serve, mais estará perto de quem você é verdadeiramente.

Exercite a flexibilidade, estar aberto a novos valores, deixar fluir seus sentimentos e tudo aquilo que está dentro de você com a naturalidade que o processo exige. Seja verdadeiro e honesto consigo mesmo, como espera que outras pessoas sejam com você.
Neste instante, procure dentro de você quais são seus verdadeiros desejos. Vá lá no fundo, vasculhe tudo, que os encontrará. Não é um caminho fácil, mas quem disse que deveria ser?
Por que assumimos tantos compromissos com outras pessoas e raramente nos comprometemos com nós mesmos? Sabe aquelas atitudes que espera dos outros, mas que raramente você dá a si mesmo? Comece por aí, sendo tão amoroso, compreensivo, carinhoso, leal, honesto, comprometido consigo mesmo, da mesma maneira que é com outras pessoas.

Esse é apenas um dos caminhos para chegar a seu verdadeiro eu, mas no decorrer do processo irá se surpreender com outras maneiras de se conhecer cada dia mais. Afinal, autoconhecimento não tem fim, é algo que devemos cultivar eternamente. Por isso, não importa quando começa, o importante é aprender a se ouvir e acima de tudo, se respeitar. Caso tenha dificuldade nesse processo, procure ajuda de um psicólogo de sua confiança, ele com certeza lhe ajudará.


Rosemeire Zago é psicóloga clínica


Fui traída!

Amor, cumplicidade, fidelidade e respeito são requisitos fundamentais para que um casamento dê certo. Infelizmente, violência, abandono e traição também têm feito parte da realidade de muitos matrimônios. Diversas mulheres já passaram ou ainda passam por dissabores causados pelo adultério. Nesse processo de desmoronamento conjugal, é comum que, de certa forma, família, amigos, igreja e, principalmente, as mulheres não saibam como lidar com a situação.
Quando se casou, Maria Francisca Santos, 47, tinha o sonho de ser amada, respeitada, protegida e feliz. E esse sonho parecia se realizar quando, aos 23 anos, subiu ao altar. O matrimônio foi apressado porque ela estava grávida, mas isso não parecia diminuir a felicidade do casal, já que o noivo, Antonio Costa, 46, declarava amor eterno e a assumiu tão logo soube da gravidez.
Poucos meses após o nascimento do bebê, a realidade do casal começou a mudar. Antonio passou a ficar muito ausente, sair bastante e não dar satisfações. Nos anos seguintes, as traições, agressões e ausências se tornaram cada vez mais freqüentes.
“É difícil ver o casamento desmoronar a cada dia. Eu não sabia o que fazer. Brigava, colocava-o pra fora de casa, mas nada disso resolvia, e eu ficava cada vez mais infeliz e desesperada. Me sentia incapaz e frustrada”, conta Maria.
Foram 21 anos de constantes problemas, até que Antonio saiu de casa sem dar explicações. Desgostosa, Maria relembra: “Ele arrumou as coisas e foi embora. Eu sabia que estava sendo traída mais uma vez. Fiquei confusa. O casamento não era bom, mas eu não queria perder meu marido. Tinha fé de que tudo poderia ser restaurado. Às vezes, achava que estava sendo castigada, que era culpada”.
Em situações como essa, os questionamentos são comuns. Segundo a professora de Psicologia da Uninove (Centro Universitário Nove de Julho) e do Seminário Teológico da Igreja Presbiteriana de São Paulo, Rosileny Schwantes, 43, as mulheres que sofrem algum tipo de violência física ou emocional por parte dos maridos têm sentimentos ambíguos. “É como se em seus corações o desejo de mudança fosse maior do que o desejo pela não-violência”, diz.


EVANGÉLICA SENTE DIFERENTE?
Para Rosileny, não há diferença entre o sentimento de uma mulher evangélica ou não diante de uma atitude pouco moral por parte do companheiro. Mas afirma que “a ética cristã provoca nas mulheres evangélicas muita reflexão sobre atitudes que, supostamente, deveriam ser diferentes na vida delas. Porém, o sofrimento e a tristeza são sentimentos humanos que também habitam o coração de mulheres que temem a Deus e se sentem comprometidas com uma vida transparente, mas que nem sempre conseguem viver como gostariam. Isso acarreta mais sofrimento ainda”.
Jaime Kemp, 66, pastor e autor de best-sellers como Devocional para Casais, Eu Amo Você e Onde Está Deus no Meu Sofrimento, tem outra opinião. Para ele, as mulheres evangélicas encaram de maneira diferente as dificuldades conjugais: “Podemos dizer que elas sabem que podem contar com um Deus soberano. Além disso, têm livre acesso ao Pai em oração e podem nEle se abrigar, além de receberem apoio de suas igrejas. Elas crêem, ou pelo menos espera-se que o façam, em um Deus pessoal que pode transformar maldição em bênção”.
O fato é que as questões emocionais e espirituais ficam confusas nesse período. A mulher se sente fracassada e, muitas vezes, culpada pelo que está sofrendo. A dificuldade aumenta com as cobranças e pressões da família, amigos e até mesmo da igreja.
S.R.G., 33, é casada há dez anos e seu marido não é evangélico. Ela se converteu alguns meses após o casamento e, desde então, vem enfrentando mentiras, violência e traições. “Nesse período, o pior é saber que quando tudo está ruim entre nós, eu tenho que ser forte e continuar a viver como dona de casa, profissional, líder de ministério e mãe”. Na sua percepção, é tremendamente difícil cumprir bem todos esses papéis dentro de casa quando há tantas mágoas e ressentimentos que pressionam suas emoções.

A “AJUDA” QUE PODE ATRAPALHAR
Como os sentimentos dessas mulheres estão muito confusos e vulneráveis, é preciso ter bastante cuidado para não oferecer uma pseudo-ajuda que, no fundo, causa mais mal do que bem. Rosileny vê o papel da igreja com bastante relevância. Ela sugere debates com os membros acerca do tema e maior conscientização sobre a realidade do pecado, estimulando a igreja a ser mais acolhedora e generosa com as pessoas que se sentem violentadas em seus corpos ou em suas almas.
Este apoio S.R.G. encontrou na igreja que freqüenta, onde foi acompanhada em todo o tempo pelos líderes. “O apoio e a orientação que deram foi o que me fortaleceu”, credita. Para Maria, foi um pouco diferente, conforme explica: “A pressão da igreja para eu ser forte, não ficar deprimida, perdoar e orar pela restauração eram tão intensas que me sufocavam. Eles não queriam saber como eu estava, mas somente como eu deveria estar. Foi difícil pra mim”.
Questionado se a igreja é omissa em relação aos sentimentos das mulheres, cobrando uma postura extremamente forte e dando a ela uma atenção menor do que realmente precisa, Kemp diz que não se pode generalizar, mas afirma que grande parte das igrejas é omissa em socorrer, acompanhar e apoiar a mulher que está sendo abandonada pelo marido.

Jaime Kemp, pastor e autor de best-sellers, acha que não se pode generalizar, mas observa que grande parte das igrejas é omissa em socorrer, acompanhar e apoiar a mulher que foi abandonada pelo marido

IGREJA: QUE POSTURA EVITAR E O QUE FAZER
Tanto para Kemp como para Rosileny, negligenciar as mulheres, olhá-las com preconceito, assumir posturas machistas, fazer julgamentos excessivos, cobrar uma postura positiva e lidar com a situação usando frases prontas e superficiais como “não desanime, ele vai voltar” e“continue lendo a Bíblia e orando”, não trazem muito resultado. Dar a elas um refúgio emocional e físico, oferecer aconselhamento, providenciar, quando necessário, apoio médico e psicológico, encaminhá-las para pequenos grupos de mulheres, onde elas possam desabafar, orar, se distrair e conversar são atitudes mais eficazes.

CUIDADO, PERDÃO E SINCERIDADE
Qualquer decisão entre casais traídos deve ser consciente, sincera e séria entre eles e diante de Deus. Rosileny afirma que se alguém diz ter perdoado seu marido e, de fato, não perdoou, o sofrimento continua. Às vezes, as pessoas dizem ter perdoado, mas isso é só aparente. A intenção é de que a comunidade veja. “Aí não é só paliativo, é também destruidor”.
Os casais devem evitar situações de perigo. Para a psicóloga, um casamento evangélico é como qualquer outro casamento. Os dois precisam se amar, se divertir, se curtir, se respeitar e, sobretudo, ser generosos. Os compromissos e desejos do outro devem estar claros para ambos. Para evitar desentendimentos corriqueiros, Rosileny alerta:“Nossos dias são intensos, muitas coisas acontecem todo o tempo. Se não nos organizarmos para que a vida conjugal seja plena, divertida e amável, sofreremos. Mas se investirmos no olhar carinhoso e no toque apaixonado, nas palavras amistosas e no jeito gostoso de cuidar do outro, o resultado é simples: ser feliz”.

VÍNCULOS RESTAURADOS
Há seis meses, Maria aceitou de volta o marido que havia passado dois anos fora de casa. Teve que enfrentar a resistência dos filhos que desconfiavam da mudança do pai, mas agora já o aceitam com mais naturalidade. “Meu pai passou por muitas situações diferentes quando ficou fora de casa. Aprendeu a valorizar a esposa e os filhos”, diz Iara Santos, 21, filha do casal. A mãe concorda, pois percebe que nesse tempo Deus trabalhou muita coisa nela mesma, nele e nos filhos. Ela amadureceu, teve que aprender a ficar sozinha e perceber que sua força não estava em outra pessoa.
Para S.R.G, esta restauração está próxima. O marido está indo aos cultos com ela, se relacionando com pessoas da igreja e disposto a melhorar. “Ele já aceitou a Jesus, se arrependeu dos erros que cometeu contra mim, tem demonstrado amor e arrependimento“, conta quase chorando.
Mesmo passando por situações de dificuldade, essas mulheres decidiram lutar pelo sonho de ter uma família feliz. “Tenho certeza de que vale a pena insistir no casamento, pois durante dez anos vivi dores, decepções e tristezas, entre alguns momentos bons, como viagens e o nascimento de nossos filhos. Mas, porque perseverei, estou experimentando a restauração do meu casamento”, diz a esposa entre lágrimas e convicção da vitória.

ELES VIVEM O PERDÃO E A RECONCILIAÇÃO
Eles foram casados durante 28 anos. Ela desempenhava valioso papel como palestrante, escritora e líder feminina no nível maior de sua denominação. Ele era um importante pastor, também reconhecido por seus livros, suas aulas, suas posições relevantes no meio evangélico. Tudo parecia contribuir para o aperfeiçoamento da obra de Deus e para a felicidade do lar, até que em 1998, a confirmação de uma traição caiu feito uma pedra na vida da esposa.
Martha e Luís (nomes fictícios, pois o casal pediu para não ser identificado) passaram a viver uma experiência amarga para ambos, com trágicas repercussões. Ela se manteve firme, continuou seu trabalho, venceu a amargura. Ele pagou um alto preço pelo desvio escolhido. Mas depois de três anos, os dois se reaproximaram. O esposo pediu uma nova chance e o casal se reconciliou. Estão juntos e reconstruindo o lar até hoje.
O depoimento a seguir é dessa esposa, que jamais fugiu de sua dor e não nega a sua história. Ela apenas deseja ser referência de apoio, dividindo com outras mulheres o que aprendeu e como tem buscado vitórias em seu casamento.

O que acha que poderia ter sido evitado para que o casamento não tivesse um episódio de traição?
A fidelidade do meu marido, provada e comprovada nos 28 anos de vida em comum, me davam total segurança. Por isso, não tinha o que fazer para evitar a traição. Meu maior erro talvez tenha sido querer ajudar um casal que enfrentava problemas no casamento e colocado meu marido para ser esse conselheiro, o que sempre fiz durante nosso ministério. Infelizmente, dessa vez, as coisas não deram certo. Os desdobramentos do aconselhamento resultaram em uma traição.

O que mais sentiu quando precisou conviver com a nova realidade?
O pior sentimento que um ser humano pode enfrentar é a dor da rejeição. Ser trocada por outra dói e muito. Isso acaba com a auto-estima, imobiliza a gente. Nessa hora é muito fácil adoecer, se revoltar ou praticar atos extremos. Outro sentimento é o de vergonha. Afinal, éramos um casal que ministrava em encontros de casais. De repente, o mundo desmoronou. Durante muito tempo fiquei com vergonha das pessoas. Aos poucos, Deus foi me curando.

Como fez para dar a “volta por cima”, mantendo sua personalidade e valor em todos os trabalhos que sempre exerceu?
Minha primeira reação foi pensar que não estava acontecendo nada. Era um sonho e eu iria acordar. Depois, veio o sentimento de revolta pela injustiça sofrida. Em seguida, veio a autocomiseração e autopunição. Mas meus filhos me ajudaram muito, não me deixando cair nessa armadilha. Tive muita dificuldade em orar. No entanto, me sentia carregada no colo, pois sabia que tinha muita gente orando por nós. Essa sensação durou algum tempo até que um dia me dei conta de que não estava mais no colo de Deus, mas caminhando. Louvo a Deus porque esteve o tempo todo comigo. Essa força me ajudou a me manter de pé, a assumir a vida sem o marido, a apoiar meus filhos (e descobrimos que nós três nos apoiávamos mutuamente para enfrentar a dor que nos era comum). Além disso, contei com amigos que me deram apoio direto das mais variadas formas. Em minhas orações, pedi sempre a Deus três coisas: paz, a que“excede todo entendimento”; alegria no coração, sabendo que Deus estava trabalhando a meu favor; e a certeza de que Deus estava no controle de tudo. E Deus me deu os três.

Como foi o retorno da relação de vocês?
Meu marido ficou três anos fora. Nesse tempo, enquanto fazia meu culto diário, nunca li tantas expressões de “esperança”. Não procurava, mas, de repente, lá estava a expressão. Isso alimentou meu coração. Pela nossa história de vida conjugal, entendo que foi uma fraqueza dele, mas a ação do inimigo foi visível. Como eu tinha a certeza de que Deus estava no controle, um belo dia, em 2001, ele marcou um encontro e perguntou se eu o receberia de volta. Levei uma semana para dar a resposta. Primeiro, conversei com os filhos. Por conhecer Luís, achei que ele jamais faria isso. Foi uma surpresa e ao mesmo tempo uma alegria misturada com medo.

Como está sendo o processo de perdoar?
Recebê-lo de volta foi um processo longo. Eu tinha me acostumado a viver sozinha. Quando meu marido voltou, tive que reestruturar tudo novamente. Aos poucos, a gente foi se adaptando. Quanto ao perdão, entendo que é um processo, em que Deus vai curando nossas memórias amargas. Não acredito no “perdoe e esqueça”. Acredito no perdão que, quando se lembra dos fatos, eles não nos causam dor. Deus continua nos curando. É uma batalha diária e sempre na dependência dEle.

Revista Enfoque.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O pouco com Deus é muito

Texto base - II Rs. 4.42-44


Nesse texto temos um fato muito interessante. O profeta Eliseu estava com 100 homens, quando chegou Geazi de Baal-Salisa. Este homem, Geazi, trouxe consigo 20 pães de cevada e algumas espigas verdes ainda em sua palha. O profeta, vendo os 100 homens com fome, e vendo também nas mãos daquele homem Geazi que, ali chegou os pães e as espigas, não teve dúvidas e mandou que se desse para todos, àquele mantimento. O homem, porém, que trouxera o mantimento declarou que aquela pouca comida não era suficiente para todos àqueles homens famintos. Mas o profeta disse: “Dá ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comer-se-á, e sobejará”. E como o profeta declarou, aconteceu. Todos comeram e ficaram fartos e ainda sobrou comida. Eis aí a primeira multiplicação dos pães.

Eis ai a confirmação de que: “Pouco com Deus é muito”. Que lições podemos tirar de um texto tão lindo e significativo como este? Vejamos.

Em primeiro lugar, aprendemos que as situações difíceis e insolúveis aos nossos olhos estão sobre o pleno controle do Senhor. V43.



Em segundo lugar, aprendemos que Deus conhece todas as nossas necessidades e as supre no momento certo. V42-44



Em terceiro lugar, aprendemos que tudo o que temos sem a benção de Deus não significa nada, mas tudo o que temos com a benção de Deus dá e muitas vezes até sobra. V44


Em quarto lugar, aprendemos que quando nos colocamos sob os cuidados do Senhor vemos grandes milagres acontecer. 42-44


Conclusão

Pouco com Deus é muito. É muito quando? Quando estamos dispostos a levar diante dEle o que temos. Quando estamos dispostos a crer nEle. Quando estamos dispostos a esperar no seu momento para realizar a grande obra. Há disposição em nós para nos apresentarmos diante dEle assim? Se assim for, então sempre haverá chuvas de bênçãos, milagres, sobejos, pois Deus ainda é o mesmo, o Deus de Todo Poder

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um Cristão pode vender cigarros e bebidas?

Sei que há alguns pastores e líderes que falam que pode e que não é pecado.Sabe como esses líderes justificam essa falsa verdade, eles falam que essas  pessoas estão vendendo para o sustento da família e quando se vende para o sustento não é pecado,então roubar para o sustento da família também não é pecado; eles vão além; eles falam que se  a  pessoa que vende está pecando,o rapaz que trabalha no caminhão de cerveja descarregando também está pecando e que o pedreiro que trabalha na construção de um Motel também está pecando.
O Homem não é modelo a ser seguido,e se a opinião deles não estiverem pautadas na palavra de Deus não vale de nada, peça a Deus orientação,leia a BÍBLIA e tire as suas conclusões através da orientação de Deus.

Quem trabalha com produtos como cigarro, cerveja, etc., está pecando? Um pastor da igreja quadrangular me disse que não é errado, pois, a pessoa só esta fazendo o seu serviço. Isso procede? Ao meu entender vejo que é pecado, mas, gostaria da sua explicação…

Há fortes princípios bíblicos que nos mostram ser pecado a venda de cigarros, cervejas e outras bebidas alcoólicas:

1) O princípio de 1 Coríntios 3:16, 17: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (Conferir 1Co 6:19-20).

O corpo humano é o santuário, morada do Espírito Santo (a Terceira Pessoa da Trindade). Sendo o cristão chamado a ser “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5:13, 14), ele não pode contribuir, através de um falso testemunho, com a propagação de substâncias que destruam a saúde das outras pessoas!

O apóstolo Paulo afirma claramente que, quem destruir o corpo (inclusive o corpo dos outros), será destruído, pois, o aspecto físico é sagrado.

2) O princípio de Êxodo 20:13: “Não matarás.”

A ingestão de álcool e o tragar cigarros mata. Dessa maneira, quem vende tais produtos (e também trafica drogas) está, de certo modo, “matando” outras pessoas e terá de dar contas a Deus por isso (Rm 14:12; Ap 22:15).

3) O princípio de Mateus 7:12: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.”

Da mesma forma que um cristão não gostaria que alguém vendesse bebidas e cigarros para um filho seu, por exemplo, não deve vender para os filhos dos outros!

4) O princípio de Habacuque 2:15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas!”

É proferido um “ai” sobre aquele que dá de beber a outras pessoas. E não poderia ser diferente, pois, a pessoa está contribuindo com os planos de satanás de destruir a saúde humana e acabar com as famílias, pervertendo assim ainda mais a sociedade.

Esses são alguns princípios que nos ensinam ser proibida por Deus a comercialização de fumo e bebidas alcoólicas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lição da pérola: Uma areia na vida da ostra.Mas se permitirmos, Deus, com a Sua graça, começa a transformar os nossos problemas e fraquezas em algo precioso.




Lá no fundo do oceano, uma ostra abriu bem a sua concha para deixar a água passar através dela. Da água que passava suas guelras extraíam o alimento que a seguir ia para o estômago. De repente, um peixe grande ali perto levantou uma nuvem de areia e lodo com um movimento do seu rabo. Areia?! Oh, como a ostra detestava areia. Era áspera e fazia sua vida muito desagradável e desconfortável, era um grande incômodo sempre que entrava na sua concha. Rapidamente a ostra se fechou, mas tarde demais. Um grãozinho duro e saibroso tinha entrado e se alojado no interior da ostra. Puxa, como aquele grãozinho de areia incomodava!
Mas quase que imediatamente as glândulas especiais que Deus lhe havia dado para revestir o interior da sua concha começaram a produzir uma substância para cobrir o grão de areia irritante com uma linda camada macia e brilhante. A cada ano que passava, a ostra acrescentava mais camadas sobre o grãozinho de areia, até que por fim havia produzido uma grande pérola reluzente e de grande valor. Às vezes, os problemas que temos se assemelham um pouco a esse grãozinho de areia. Eles nos incomodam e nos perguntamos por que será que temos que passar por esse incômodo e inconveniência. Mas se permitirmos, Deus, com a Sua graça, começa a transformar os nossos problemas e fraquezas em algo precioso.
Aproximamos-nos mais do Senhor, oramos com maior fervor, ficamos mais humildes e submissos, mais sábios e mais capacitados para enfrentar os problemas. Como bênçãos disfarçadas, o Senhor logo pega esses grãozinhos ásperos de areia na nossa vida e os transforma em pérolas preciosas de força e poder, e eles se transformam em esperança e inspiração para muitos. Deus nos faz mais fortes com cada vitória. É mais ou menos como uma vacina: Ele nos dá pequenas doses para não pegarmos a doença e para, de uma forma constante e gradual, aumentar nossa resistência. Mas se você nunca for posto à prova, nunca tomar uma pequena dose, nunca conseguirá agüentar a dose grande. De uma certa forma, o Senhor faz isso conosco.
Ele nos põe à prova nos dando um pouco mais cada dia, para nos testar, para aumentar a nossa resistência e nos tornar mais fortes. Ele nos vacina cada dia com um pouco mais de soro de sacrifício, provações, problemas e luta.Ele procura deixar você mais forte a cada dia e fazer com que consiga dar um pouco mais, sacrificar um pouco mais, sofrer um pouco mais, lutar um pouco mais e crescer um pouco mais.

sábado, 15 de outubro de 2011

Tragédia ou Benção?


Não sabemos o dia de amanhã.
“Conta-se uma estória de uma aldeia, onde havia um velho muito pobre. Ele possuía um lindo cavalo branco. Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho: – Mas que tragédia, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu: – Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não esta mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente as pessoas se reuniram e disseram: – Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma tragédia, e sim uma bênção.
E o velho disse: – Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma bênção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta…
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar: – E não é que você tinha razão, velho? Foi uma tragédia mesmo, seu único filho perder o uso das duas pernas.
E o velho disse: – Vocês estão obcecados por julgamentos! Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção.
Aconteceu que, depois de passadas algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar menos o filho do velho.”
Muitas vezes o que achamos ser uma tragédia pode ser a graça de Deus agindo em nossa vida!
Talvez o deserto onde você se encontra, seja uma forma de Deus te fazer aprender, crescer, depender dEle.
A tempestade que sobreveio sobre o barco de Jonas, era graça de Deus para trazê-lo de volta ao caminho da obediência.
Terça passada estive pregando em um presídio. Ao final daquela pregação fui conversar com um daqueles detentos.
Ele havia entregado sua vida a Jesus naquela noite e me disse assim: “Foi Deus que me trouxe a este lugar para que eu me encontrasse com Ele. Estou aqui apenas por uma semana pois não paguei pensão alimentícia”.
Apenas uma semana! Mas foi marcante para a vida daquele homem. Uma aparente tragédia, talvez tenha sido a maior benção que ele já recebeu, pois tivera um encontro com Cristo naquele lugar!